Conhecimento e Sabedoria vs independência Intelectual

Breves reflexões 02:


622 das 638 Palavras Sobre Arábia Saudita

Paulino Intepo
intepo1607@outlook.com

Segundo um dos grandes Piratas Ocidental, em 1973 a 74, a Arábia Saudita da Casa de Saud, foi induzida a acreditar que teria o "Tio Sam" como sua melhor alternativa ao modernismo e a industrialização da mesma. No entanto, a Arábia Saudita havia punido antes os EUA/USA, através de um embargo que pôs em risco a queda do petrodólares, uma das maiores na história, em poucos meses. Decisão inteligente suportada pela óptica dos puritanos muçulmanos sunitas, na altura.

Em forma de reverter o cenário, os EUA viram nisso como uma oportunidade de se infiltrar no coração da Península, iludindo-lhos que a forma mais eficaz de usar o dinheiro que viria dos lucros do petróleo, devia unicamente, ser gasto na industrialização, aquisição de tecnologias de ponta e construção de infraestruturas de bens e serviços que dos quais, só os EUA garantiriam oferecer através de um acordo, o qual estabelecia que nunca haveria mais num embargo independentemente das futuras circunstâncias em detrimento de acabar como o Mossadegh, no Irã/Irão com os Ingleses.

A Casa de Saud punha neste contexto a Segurança e a Defesa da Arábia Saudita em tamanha dependência das mãos dos militares norte-americanos. Em troca do petróleo, as forças militares norte-americanas dariam do melhor ao governo vigente a protecção contra os de mais conservadores islâmicos, descontentes pela quebra da estrita observância da crença religiosa dos wahabis. Quer dizer que, os ganhos adicionais projectados das petrolíferas baralharam os fundamentos e princípios islâmicos da Arábia Saudita, sendo substituídos por uma nova forma de materialismo, que acomodaria a luxúria e logo o Xaria/Sharia ficou em risco.
Ora vejamos, perdeu-se cabeça depois de petróleo bruto o baril na altura saltar de 1.39 dólares para 8,32 dólares, como forma de punir os EUA e o mais engraçado, decidia assim a população deste país, que estava relutante e determinada a deixar o trabalho de tirar o lixo nas ruas para as cabras. E humildemente os americanos propuseram-se a vir substituir as cabras por camiões e mão de obra barata e estrangeira para tirar lixo que Arábia devia comprar e contratar. O simples tirar lixo nas ruas, deu a oportunidade a um grande pilantra entricheirar-se no país do outro, dominar, expandindo assim o império da Wall Street e Washington, ao invés do patrão, dono da casa, mandar na Saud.

Outra pouca sabedoria demonstrada na altura que deu ou mostrou aos abutres a oportunidade de encurralar o reino Saud, foi quando este tentou revendicar que de jeito nenhum e de algum modo grotesco, não iria quer ver o seu país seguindo as pegadas do materialismo ocidental, por causa do caso de lavagem do dinheiro dos lucros exorbitantess do petróleo. Foi quando algum herdeiro designado a negociar o tal acordo, sendo ele um bom wahabi, grande e respeitado estratega, o mandatário Saud, errou quando mostrou a sua queda pelas loiras.

Desta feita, só por essa pequena fragilidade, foi subornado com um acordo ilusório de que além de ajudar os sauditas a se modernizarem, a lavagem de dinheiro beneficiária a ele pessoalmente (luvas). Pese embora em palavras ele ter deixado claro que entendia a natureza insidiosa do Tio Sam, mas a queda pelas loiras… nem a crença salvou o jovem de endividar o país.

Saudações e muitas bênçãos aos que estão ligados aos projectos de gás no Rovuma e aos que delegaram a projecção dos ganhos das descobertas aos experts formados não sei onde. As ciências de administração e gestão são um vector que quando delegados ao inimigo para visualizar as expectativas corre-se o risco de ter-se maldição ao invés de bênção. A história é uma ciência essencial nesse negócio. 

Aprendi com os agiotas que os farmacêuticos nunca me vão querer ver saudável e o maior valor da saúde está na sabedoria e não na aparência exterior. Ainda serve a máxima "vale um na mão que tantos a voarem". 

Não percebeu? 
Nem eu. 


Maputo, Abril de 2022.



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