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UM OLHAR CRÍTICO SOBRE MOÇAMBIQUE E O MUNDO

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Onde é realmente seguro beber água da torneira, no mundo? A circulação de mapas simplistas nas redes sociais tornou-se prática comum. Um dos mais populares mostra, em verde e vermelho, os países onde se pode ou não beber água da torneira com segurança, atribuindo a autoria ao Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos. @CDC/freepik: Mulher africana derramando água em um recipiente ao ar livre À primeira vista, a imagem é impactante: quase toda a Europa Ocidental, América do Norte e Austrália aparecem como “seguras”, enquanto África, América Latina e boa parte da Ásia são pintadas de vermelho, como se a torneira fosse sinónimo de risco inevitável. Mas até que ponto esta representação corresponde à realidade? E que implicações tem para Moçambique? A fonte da alegação e as suas fragilidades O CDC de facto disponibiliza recomendações para viajantes, alertando sobre precauções com água e alimentos em diferentes países. Em nações de alta renda, refere que as norm...

O CASO DO CENTRO DE SAÚDE DE MITEME

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Quando Denunciar um Crime Público se Transforma em Castigo Em Moçambique, ser honesto muitas vezes custa caro. O exemplo mais recente vem do distrito de Tambara, província de Manica, onde um técnico superior de saúde, Paresse Filipe Paresse, viu-se transferido e afastado da sua função de director do Centro de Saúde de Miteme depois de denunciar aquilo que a comunidade considera crimes públicos cometidos por um responsável local. A denúncia da população Segundo relatos e testemunhos recolhidos, o chefe da secretaria da localidade de Miteme é acusado de práticas graves e repetidas contra a população. Entre as acusações constam: Desvio de sacos de adubo destinados à comunidade; Cobrança ilícita de 100 meticais por pessoa para que cidadãos pudessem entrar no Programa de Acção Social Produtiva (PASP); Desvio de alimentos do Programa Mundial de Alimentação (PMA), incluindo sacos de arroz e óleo, que deviam aliviar a fome na região; Fiscalização abusiva, com aplicação de multas exorbitantes: ...

E SE USASSEMOS O ÓDIO COMO UM COMBUSTÍVEL DE MUDANÇA "POSITIVA"

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O Ódio que se Desperdiça e a Nação que Não se Constrói O receio de estar a se preparar um "Nepal" em Moçambique de qualquer lado é mais forte que a esperança de um país de paz nos próximos momentos. Lino TEBULO.  A cena que circula nas redes sociais — de um homem brutalmente agredido até à morte por vestir uma camisola da FRELIMO em Nampula — não é apenas um episódio isolado de intolerância política. É um retrato cru daquilo que Moçambique vem alimentando: a canalização da raiva popular para o caminho mais fácil, o da destruição, em vez de a transformar em energia construtiva. A pergunta que deve ecoar em todos nós é simples: porque razão o ódio contra a FRELIMO, em vez de se converter em violência, não se transforma em acções concretas de bem comum para o futuro? A resposta exige que deixemos de lado os filtros da retórica política e encaremos o problema sem reservas. O povo moçambicano carrega décadas de frustração acumulada — promessas não cumpridas, corrupção enraiz...

"Estou prestes a deixar-vos....

💥À VOSSA ATENÇÃO POR FAVOR!⚠️ *A QUEM PERTENCE TANTA LUCIDEZ VERTIDA NESSE TEXTO LONGO PORÉM BEM TRAGÁVEL? 👇🏿👇🏿👇🏿* "Estou prestes a deixar-vos. Lembro-me bem, quando numa reunião magna do nosso partido disse que o Povo não estava com a Frelimo, alguns disseram e bem, que estávamos a comer sozinhos. Foi muito triste perceber que nenhum dos membros presentes prestou a mínima atenção a estas questões.Percebi que estava sozinho, eu e alguns poucos estávamos não alinhados. Foi há mais de 15 anos.  O Povo já não acreditava na Frelimo, todos nós tínhamos consciência disso. Não mudamos de atitude, pelo contrário, em cada segundo que passa o Povo odeia mais a Frelimo. Já não existe mais a nossa Frelimo, existe um gang criminosa, que assaltou a Frelimo. Uma gang, que rapta, que assassina, que tortura, que ameaça. Com o camarada Chissano, começaram os assassinatos, só para lembrar Carlos Cardoso e Siba Siba, com o camarada Guebuza uma autêntica vergonha, utilizou as Fds, pior ainda a ...

Eduardo Mondlane: Figura Pública ou Propriedade Familiar?

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Um Debate Sobre o Legado e o Direito ao Uso de Seu Nome.  EDUARDO CHIVAMBO MONDLANE Eduardo Chivambo Mondlane (1920-1969) Há coisas que não cabem na mente de qualquer moçambicano de diligência média. Anda nas Redes Sociais um suposto comunicado da Família Mondlane a pretender dar aulas ao povo, sobre quem deve e quem não deve fazer uso do nome de Eduardo Mondlane.  Um verdadeiro não assunto. Um tema tardio, retardado e desnecessário.  Eduardo Mondlane não pertence à família Eduardo Mondlane. Eduardo Mondlane é uma figura trans-familiar, trans-tribo, trans-provinciano.  Eduardo Mondlane é uma sombra que, a todos cobre e, qualquer moçambicano pode reivindicar para si o uso do seu nome, ele é figura pública. O nome Eduardo Mondlane já não é assunto familiar. É assunto de todo um povo.  De contrário,  um dia vão ter de mostrar onde é que a família Mondlane assinou, a dar o seu consentimento para que Eduardo Mondlane fosse proclamado Herói Nacional ou, em se...

Como pode um Deus ter "Dedo Podre"?

Nesta, convidámos ao leitor a refletir criticamente sobre as interseções entre religião, política e moralidade, especialmente no contexto africano. Como pode um Deus ter "Dedo Podre"?  A expressão "Dedo Podre" é comumente usada no seio dos mais velhos, anciãos ditos como as bibliotecas e guardiões da essência do modo de vida e preservação das nossas tradições, ao se referirem àqueles que escolhem parceiros incompatíveis no seu casamento. O que significa, diga-se, 'escolher errado'. Mas também, quando por alguma razão o indivíduo está inocentemente fazendo escolhas erradas em outros aspectos da vida, ou mesmo tomando decisões que resultem em desastres e isso lhe acontecer frequentemente, diz-se que o sujeito tem "Dedo Podre". Daí que, sendo africano, me veio à cabeça a expressão e o questionamento se por acaso Deus também teria esse defeito. Isso porque já vimos acompanhando há muito, atrocidades perpetradas por altas individualidades de quase todas...

Pico Tira-se Com Pico: Apostar no Venâncio é Vangloriar os Sonhos do Eduardo?

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Ora bem. Enquanto vigora o pesadelo da Frelimo por advento da internet pelas redes sociais, citada numa das manchetes do  Zitamar e observado analiticamente pelo Verbalyzador , apreciamos com agrado o fervecente humor que não falta nos moçambicanos de gema, em intervalos hipnóticos de amargura da crise, uma atrás das outra crise, no meio de incertezas em várias vertentes da vida dos cidadãos moçambicanos.  Foi assim que pedimos por emprestado o pensamento de uma figura digital da rede social do Meta , concretamente o Facebook que numa das suas publicações declara o seguinte, que:  "Um fundou o partido Frelimo para expulsar o colono de raça branca, e outro veio para expulsar a Frelimo". FB:Visão Dos Partidos Onde, em acréscimo aos raciocínio diríamos "o colono da raça negra, sendo "assim que funciona a cadeia alimentar" da vida política moçambicana. Nessa visão, emprestando ainda mais a opinião visionária de um internauta usuário de um dos produtos, ainda do M...

Ilimitado de volta - Fruto de Engajamento Cívico dos Moçambicanos

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 Se o povo for mais atento e unido no Engajamento Político do género, teremos um país minimamente saudável antes do tempo previsto. Parceria impossível e a quem dizia "sofrer ir reivindicar porque? Se eles não querem ou quando quiserem vão devolver o país é deles... Dentée outras declarações e lamentações entre murmúrios sem acção. Mas, como se queria ou não, pelo menos há resultados com tendências de respeitar a vontade popular. Estimados leitores, sejam astutos em partilhar mensagens sobre esses pequenos esforços, isolados ou não, desde que genuínos que tendem a melhoria das condições de vida do povo moçambicano.  Moçambique está a vivenciar um momento histórico de participação cívica sem precedentes. O engajamento popular em manifestações e reivindicações colectivas, que antes se restringia aos grandes centros urbanos, agora se espalha por todo o país. O povo está despertando para a necessidade de defender seus interesses, uma vez que aqueles que deveriam representá-los não...

Crise no Futebol/Selecção Moçambicana: O Selecionador Revela a Incertezas de Retornar aos Mambas, ainda Que Queira! Porque?

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Caso Choquinho Conde vs Presidente da FMF. PR Filipe Nyusi no Niassa, Cidade de Lichinga, em visita ao Estádio Primeiro de Maio. Junho de 2024 O Presidente da República numa entrevista a quando da sua visita à cidade de Lichinga, no estádio de futebol 1º de Maio, não deixou claro o que Conde sempre suspeitou sobre o esquema do Presidente da FMF, consentido pelo Secretário de Estado do Desporto e apoiado pelo resto do grupo de amigos que se puxaram para área de desporto nacional: Satisfazer interesses pessoais acima de qualquer vontade popular ou dos moçambicanos. Assim como ele não gostou do perfil do estádio, devia também ficar aborrecido com a postura do Presidente da Federação de Futebol de Moçambique. Pois o seu posicionamento em relação ao que contracto da Selecção Nacional de Futebol, Mambas, não agrada a maioria dos moçambicanos. É como se a FMF quisesse um Mamba sem veneno nem dentes muito menos robustez. Que absurdo.  Como sempre se diz no seio da população, eles não quere...

ENDIVIDAMENTO PREDATÓRIO - A ILUSÃO DO CRÉDITO FÁCIL

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Uma Armadilha Silenciosa para os Moçambicanos A ilusão do crédito fácil Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais comum o recurso a créditos rápidos e aparentemente acessíveis em Moçambique. As campanhas publicitárias, muitas vezes agressivas, prometem soluções imediatas para problemas financeiros e apresentam condições aparentemente “generosas”. Porém, por detrás dessa fachada de facilidade, esconde-se uma realidade preocupante: a concessão irresponsável de empréstimos que empurra milhares de cidadãos para um ciclo vicioso de dívidas. A prática não é nova. Já em outros contextos africanos — como no Quénia, na Tanzânia e até mesmo em países lusófonos como Angola — denúncias semelhantes têm vindo à tona, revelando esquemas de crédito concedido sem avaliar devidamente a capacidade de pagamento dos mutuários. Isso faz com que, na prática, as instituições financeiras transformem-se em mecanismos de exploração disfarçados de oportunidade. Microcréditos ou agiotagem disfarçada? A situ...