Partindo das reclamações para as acções
Partindo das reclamações para as acções.
Vi esta carta partilhada no dia 31 de Maio de 2022, sobre uma alegada solicitação de informação, ao gabinete de um Ministro relacionado com o sector em alusão, assunto: o preço de combustível. Sobretudo o seu elevado preço nos últimos tempos.
Que também é sinal significativo sobre o elevado custo de vida actual no meio de desespero, incerteza e falta de esperança que as coisas venham melhorar tão já.
Humildemente, de forma inteligente e ousada, o camarada declarou a sua especialidade (advogado) e bem redigiu o conteúdo, assim como referiu o suporte jurídico que lhe foi dado como cidadão para fazer uso. Ou melhor, um advogado citou os artigos e expressou sua inquietação ao órgão competente.
Tal como tantos internautas e a população em geral que teve acesso, eu admirei e louvei a iniciativa. Senti-me idiota ao mesmo tempo, assim como inspirado e rendido pela coragem e capacidade. Não sei qual é a idade do autor da carta. Mas ouvi com um rapper português que: a idade não conta quando há capacidade.
Ele fez. Não sei e gostava de saber se é real e se chegou ou vão fazer chegar ao destinatário desejado. Por que um dos problemas que eu seu sei deste país, os recepcionistas, as pessoas das secretaria e os assessores, são tão incompetentes e desorganizados quão corruptos, que dificultam tanto a população assim como os chefes e dirigentes das instituições onde estão, a ter informações sobre o que se passa tomar as decisões acertadas. Nalguns casos nos outros, é tudo farinha do mesmo saco: bajulação e insensibilidade.
Mas que o autor nos ajudou, disso eu sei, tanto que até deu pistas pelas quais podíamos copiar e colar como as universidades nos ensinaram e endereçamos aos que nos devem servir, certos mal entendidos. É obrigação de qualquer dirigente neste país, consagrar suas energias se possível sacrificar sua vida em defesa desta pátria. É um juramento que fazem, uma espécie de compromisso de honra. Quem não sente que têm essa obrigação, que renuncie o cargo e as competências que lhe são conferidas ao poder que exerce.
Devemos velar e obrigar a deixarem as pastas aquele ladrão, o corrupto, o incompetente, os lesa pátrias e todos aqueles que fazer parte da ordem deste género e núcleo de bandidos, bem como os outros malfeitores. Devemos repudiar as suas práticas repugnantes. Porque se toleramos mais, um dia ou como já vem se feito nos últimos anos, vão imprimir livros escolares com realidade do ano 3000, como essa que está correndo.
Ora vejamos. Depois de ler a carta nos nossos androids, iPhones, etc. Qual foi o nosso passo a seguir? Admirar; elogiar; encorajar? Se inspirar? Etc, e o que é ou será feito dele? Não assisto muito os canais de televisão nacional, nem muito escuto a rádio pública nem privada se o assunto não for noticiário e desporto, mas tenho certeza que o sr. Elvino Dias não seja criança, muito menos não seja um sem religião ou partido também. Não é nenhuma figura pública e influente. Talvez depois da carta.
Vítimas ou cúmplices do mal
A minha questão é: nós que lemos, o que vamos fazer de concreto depois daquele passo dados pelo ilustre Elvino Dias, sem no que no tanges, portanto, nesse âmbito ou contextos fora dos textos, blá blá blá? Qual será o nosso manifesto marcante para se simpatizar com essa ideia?
Esse é o grande problema. ACÇÕES. Alguém mais vai fazer alguma coisa? Nem exigir a resposta depois dos 21 dias passarem. Nem querer saber o desfecho do assunto e nem vamos querer que os outros malfeitores prestem declarações sobre as atrocidades que cometem.
E só, somente limitamo-nos a murmurar, reclamar, comentar, dar gostos e votos positivos, partilhar e publicar em diversas plataformas para ferrar a vida daquele cidadão, como é de costume político neste país. E o povo nunca defende os seus filhos quando são sancionados pelos lobos por reclamar e denunciar ladroagem e bandidagem ou abusos de poder.
Moçambicano só sabe fazer manifestação nas redes sociais…
Acções concretas, ninguém mais o fará, se não forem os partidos políticos para fazer o papel deles de palhaços, de posição de bajuladores, de oposição falsa, com uma sociedade civil que só quando sente fome ou as ONGs agitarem já que são os patrões, é que se pronunciam. Mas o resto e restante, estremos atrás das telas dos smartphones, inertes e imponentes, feito de incapazes, como se aquele problema e este de erros do livro que aquela vovó disse que errar é humano, não se preocupasse-nós, nem nos importasse. Merda de moçambicanos que nós somos.
Acredito que se Deus existe tem vergonha de nós como raça humana. E não é por acaso que alguma raça tenha dúvidas disso. Olha que se Jesus retornasse e fosse perseguido pelo mundo fora, mas visse como refúgio em Moçambique, viesse esconder-se, a Frelimo, a Renamo, o MDM um desses ia lhe entregar e nós como povo não iremos lhe defender. Assim como vimos os nossos filhos a cometerem erros e aprenderem coisas erradas e ainda os cabrões da educação estão a desempenhar suas funções normalmente, ninguém se move para obrigar eles a saírem daqueles lugares que espelham a soberania.
Será que são insubstituíveis? Eles não nos mostraram que estão cansados e devem ser demitidos todos em massa. Se tivéssemos vergonha e alguma sensibilidade patriótica, antes de mais já devíamos ouvir cartas de demissões e ordens de cessação de funções em massa. Precisamos de acções e de ler até decorar a Constituição da República de Moçambique.
“todo esforço para libertar um escravo é infrutífero a não ser que este queira ser livre”
Mas como nós somos moçambicanos, covardes, pacientes ou pacíficos, povo acolhedor, vamos perdoar e esperar que eles justifiquem, cometam outros erros inadmissíveis para partilharmos nas redes sociais e fazer memes e piadas – enriquecer às bigtechs, enquanto os danos são reais e permanentes no nosso país.
Obrigado, sr. Elvino Dias. E do jeito como as coisas estão, acredito que algum sítio está se treinar para corrigir as coisas, deve haver recrutamentos por aí para dar volta à situação actual. Prefiro me consolar assim. E acredito também no poder da religião em fazer adormecer o povo e alienar quadros que deviam usar as mãos e cabeças para velar pelo bem estar colectivo, mas só usam para carregar bíblias e Alcorão que mal sabem interpretar e fazer o uso. Que Deus abençoe Moçambique, também (só uma vez).
Saudações!!
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