Afinal de que lado os nossos governantes estão?
Viaturas de 2ª mão e a quantidade delas nas famílias é que estragam as estradas?
O recente comentário do Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, Carlos Mesquita, acusando o povo de ser o culpado da degradação das estradas por andar com carros de segunda mão, desencadeou uma série de reflexões e questionamentos válidos sobre a realidade socioeconômica enfrentada pela população.
É importante destacar que a afirmação de que as viaturas de segunda mão são a causa directa da degradação das estradas é uma premissa bastante questionável. O estado das vias não depende necessariamente do tipo ou idade dos veículos que por elas trafegam, mas sim da qualidade da construção, manutenção adequada e do planeamento de infra-estruturas realizado pelo governo. Isso, mesmo com péssimo ensino e alto índice de analfabetismo, ainda, deve ser perceptível.
Além disso, a sugestão de que o número de veículos de segunda mão por família contribui para a deterioração das estradas, carece de embasamento lógico. A quantidade de carros em uso não é um factor determinante para o desgaste das vias, uma vez que o tráfego total e o peso dos veículos são aspectos mais relevantes nesse contexto.
Aliás, são os contratos e tratos mal feitos e péssima formulação de políticas e legislação, que culminaram com incentivos generosos aos detentores de veículos pesados à transportar cargas pesadas e perigosas, riquezas que saem avulso no país, em razão da exploração dos recursos não renováveis, que mais desgastam as estradas e quase nada contribuem na economia e desenvolvimento do país ou directo e indirectamente no bem-estar da população moçambicana.
É importante reconhecer que a aquisição de viaturas de segunda mão não é um capricho, Sr. ministro, mas uma necessidade decorrente das limitações financeiras enfrentadas pela maioria dos moçambicanos. Apesar do desejo de adquirir veículos novos, as condições econômicas impedem muitos cidadãos de alcançar esse objectivo. Portanto, culpar o povo por essa situação é negligenciar as circunstâncias reais em que vivem.
Além disso, é fundamental considerar os encargos e custos adicionais que o povo enfrenta para obter esses veículos usados. Taxas, impostos e despesas de manutenção representam um fardo financeiro significativo, especialmente em um contexto de baixa renda e oportunidades limitadas. Os senhores ministros têm tudo sem saber até o que é necessário para ter, se não apenas estalar os dedos e indicar a marca, cor, modelo, série, etc, encontra na garagem.
O Ministro também parece desconsiderar o impacto negativo das portagens frequentes ao longo das vias, muitas vezes em estradas com condições precárias. Essas cobranças adicionais dificultam ainda mais a mobilidade e o comércio, prejudicando a prosperidade econômica do país. A qual permitiria desafiamos os governantes e dirigentes como o senhor a termos viaturas Zero Quilómetros.
Então, S.Excia, ao invés de culpar o povo pelo uso de viaturas de segunda mão ou sugerir que esses veículos são os responsáveis pela degradação das estradas, seria mais produtivo concentrar esforços em melhorar a qualidade da construção e manutenção das vias, facilitar o acesso a veículos novos e investir em infraestrutura de transporte adequada.
Somente por meio de uma abordagem abrangente e compreensiva, que leve em consideração as realidades socioeconômicas da população, é possível alcançar soluções duradouras para o desafio das estradas em Moçambique.
Porém, é realmente triste e preocupante quando há um descompasso entre os governantes, os anseios e realidades enfrentadas pela população. Reiteramos que é fundamental que os líderes políticos estejam atentos a essa questão, busquem mecanismos para se aproximar da realidade do povo, ouvir suas vozes e incorporar essas perspectivas nas tomadas de decisão.
Somente por meio de um governo verdadeiramente comprometido com as necessidades populares é possível construir uma sociedade mais justa, equitativa e próspera para todos.
Esses vão nos matar um dia. Até parece que vivem em Alaska e são contratados em Moçambique
ResponderEliminarUma Justificação muito vazia, que Enginharia recomenda apenas viaturas novas que não estragam estradas, em África em particular a Região da SADC todas estrada são muito boas execepto Moçambique que não tem estradas boas, esses Países vizinhos também andam com carros segunda mão.
ResponderEliminarQue justificação furada. O que tem haver carros da segunda mão com a degradação das estrada! Afinal um carro de segunda mão não pode possuir as qualidades da primeira! Será que os pneus ficam tão estragados assim ao ponto de estragar ou emburracar as ruas! Como você justifica as estradas feitas no tempo colonial com pessoas que nem escrever sabem e nem possuem um nivel acadêmico mais as suas ruas até agora resistem, e as vossas estradas feitas com pessoas que possuem um grão acadêmico na tal área de formação mais as suas obras são muito pessima, é como se entregasse uma criança dos seus 6 ou 7 anos para fazer. Afinal onde é que está falha para que as estradas se estraguem com tanta facilidade? Está nos carros da segunda mão! 🙄. Você dele já cansou sai dai
ResponderEliminarEsse fulano até já esqueceu que não nasceu lá nas montanhas de Gurué, naquele lugar que não pára de chover e friorento. Ser membro da frelimo é uma porcaria
ResponderEliminarMuita estupidez nesses dirigentes de desmiolado. Onde está a Mabor? Esses falam enquanto estão dopados.
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